segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Questões Sobre Liderança

POR QUE O LÍDERES DEVEM PAUTAR SUAS VIDAS EM PRINCÍPIOS?

Porque a definição dos princípios serve como inspiração e orientação para tomada de decisões. Ou seja, proporcionam uma base para alcançar os objetivos e metas almejadas.

AS PESSOAS ESTÃO PREDISPOSTAS A ADOTAR AS CARACTERÍSTICAS DOS LÍDERES BASEADOS EM PRINCÍPIOS?

Muitas empresas adotam princípios. Mas está ficando cada vez mais difícil encontrar pessoas com essas características, pois os colaboradores estão querendo mandar muito nos demais, não estão querendo servir primeiro. Se as organizações começassem a desenvolver programas e treinamentos para os funcionários seria uma boa para a empresa se tornar um referencial de bons princípios.

VOCÊ CONCORDA OU DISCORDA DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DISCUTIDAS POR GOLEMAN?

Boa parte das suas competências é bem aceitas por nós o que não concordamos é o fato de que quando um funcionário fere os princípios da empresa ele é punido severamente, pois acreditamos que uma saída para isso é a comunicação e caso ele volte e cometer os mesmos erros assim pode ser punido, pois ele pode começar a contaminar o resto dos colaboradores.

QUE COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DEVE TER UM LÍDER?

Um líder deve ter sensibilidade, para perceber e entender as necessidades prementes daqueles que pretende liderar. Deve ter uma personalidade otimista e positiva que inspire confiança, mantendo a equipe sempre entusiasmada. Deve também compreender e respeitar cada um dentro da organização, aprendendo a trabalhar as diferenças de tal forma que se criem uma equipe, onde todos os membros se sintam valorizados. Enfim preencher todas as características de um líder servidor.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Lucas - Um intruso no Formigueiro

ANÁLISE DO FILME


Após sofrer zombarias e humilhações dos meninos valentões da vizinhança, Lucas, de dez anos de idade, pisa nas primeiras formigas que avista em seu quintal. Depois ele inunda o formigueiro com água. As gotas d'água — vistas da perspectiva das formigas — assemelham-se a um céu repleto de enormes balas líquidas de canhão. Dentro do formigueiro, a vingança está fermentando. Zoc, o mago da comunidade, elabora uma fórmula mágica para reduzir humanos a miniaturas do tamanho de um inseto. Lançando seu feitiço sobre Lucas, Zoc (na versão original, a voz é de Nicolas Cage) prepara o terreno para uma transformação interna muito mais significativa do que a mudança física do garoto. Em seu novo ambiente, esse solitário "destruidor" humano precisa se tornar em um servo coletivo — um membro obediente do mundo comunal das formigas que ele logo aprenderá a amar. O filme ilustra alguns passos essenciais do atual processo sistemático de lavagem cerebral. Pondere sobre as seguintes afirmações de alguns agentes de mudança da mentalidade global:

"… todos nós, incluindo os 'proprietários', devemos estar sujeitos a um amplo grau de controle social… Uma distribuição igualitária da renda será buscada... a função principal da escola é a orientação social do indivíduo. Ela deve procurar oferecer um entendimento sobre a transição para uma nova ordem social." [2; Willard Givens, Secretário Executivo da Associação Nacional de Educação, 1934].

"… o controle comportamental absoluto é iminente... O ponto crítico do controle comportamental, com efeito, é infiltrar-se na humanidade sem que essa de forma consciente perceba que uma crise está próxima. Conscientemente, o homem jamais saberá que isso aconteceu." [3; Professor Raymond Houghton, 1970].

"… a maioria dos jovens ainda traz os mesmo valores que os seus pais… se não alterarmos esse padrão, se não ressocializarmos... nossa sociedade poderá decair."[4; professor John Goodlad, um membro do quadro diretor do Instituto de Educação da UNESCO, 1971].

"Devemos somente nos certificar de que a mudança e a transformação sociais estejam indo na direção certa... A mídia deve atuar como parte do processo de educação que combate o individualismo." [5; Ismail Serageldin, ex-vice-presidente do Banco Mundial, 1996].

O 'descongelamento' do nível atual pode envolver… 'catarse', a qual parece ser necessária antes que os preconceitos possam ser removidos... é às vezes necessário trazer deliberadamente à tona uma agitação emocional." [6].

→ Descongelar as mentes, libertando-as das visões tradicionais da realidade;
→ Preencher as mentes abertas com novas sugestões;
→ Recongelando a mente na nova moldura;
→ Resistindo à enganação.





Competências de Goleman

COMPONENTES BÁSICOS, SEGUNDO DANIEL GOLEMAN E BASEADOS EM ESTUDOS DE ESPECIALISTAS NORTE-AMERICANOS


Autoconsciência - Observar-se e reconhecer os próprios sentimentos, formar um vocabulário para os sentimentos, saber a relação entre pensamentos, sentimentos e reações;
Tomada de decisão pessoal - Examinar suas ações e conhecer as consequências delas, saber se uma decisão está sendo governada por pensamento ou sentimento;
Lidar com sentimentos - Monitorar a "conversa consigo mesmo" para surpreender mensagens negativas como repreensões internas, compreender o que está por trás de um sentimento, encontrar meios de lidar com medos e ansiedades, ira e tristeza;
Lidar com tensão - Aprender o valor de exercícios e métodos de relaxamento;
Empatia - Compreender os sentimentos e preocupações dos outros e adotar a perspectiva deles, reconhecer as diferenças no modo como as pessoas se sentem em relação a fatos e comportamentos;
Comunicações - Falar efetivamente de sentimentos, tornar-se um bom ouvinte e perguntador, distinguir entre o que alguém faz ou diz e suas próprias reações ou julgamento a respeito, enviar mensagens do "Eu" em vez de culpar;
Auto-revelação - Valorizar a franqueza e construir confiança num relacionamento, saber quando é seguro arriscar-se a falar de seus sentimentos;
Intuição - Identificar padrões em sua vida e reações emocionais, reconhecer padrões semelhantes nos outros;
Auto-aceitação - Sentir orgulho e ver-se numa luz positiva, reconhecer suas forças e fraquezas, ser capaz de rir de si mesmo;
Responsabilidade pessoal - Assumir responsabilidade, reconhecer as consequências de suas decisões e ações, aceitar seus sentimentos e estados de espírito, ir até o fim nos compromissos;
Assertividade - Declarar suas preocupações e sentimentos sem ira nem passividade;
Dinâmica de grupo - Cooperação, saber quando e como conduzir e ser conduzido;
Solução de conflitos - Saber lutar limpo com outras pessoas; adotar o modelo vencer/vencer para negociar acordos.

Entrevista com Goleman

Daniel Goleman, Ph.D., é o presidente do Emotional Intelligence Services (empresa de consultoria), em Sudbury, Massachusetts. Ao longo de 12 anos, escreveu sobre psicologia e ciências do cérebro para The New York Times. Editor da revista Psychology Today por nove anos, lecionou em Harvard (onde recebeu seu doutorado). Além de Inteligência Emocional, publicado pelo Brasil pela Editora Objetiva, entre seus livros anteriores estão Vital Lies, Simple Truths (Mentiras Vitais, Verdades Simples), The Meditative Mind (A Mente Meditativa) e, como co-autor, The Creative Spirit (O Espírito Criativo). O conceito está transformando a área de consultoria comportamental no meio empresarial, mas as opiniões divergem. Alguns afirmam que a tese sobre a Inteligência Emocional revoluciona o comportamento pessoal, social e profissional. Outros acreditam que não passa de mais um modismo, assim como foi a Reengenharia. Há, ainda, aqueles que garantem que o psicólogo, PhD pela Universidade de Harvard, Daniel Goleman não publicou nenhuma novidade e simplesmente resumiu nas 375 páginas de seu best-seller experiências aplicadas há algumas décadas. O fato é que o livro "Inteligência Emocional", lançado no Brasil pela Editora Objetiva, provocou amplas discussões e está reunindo muitos discípulos. O conceito de que QI não garante sucesso, não é hereditário e que o autocontrole sobre as emoções faz a diferença entre crescer ou estagnar na vida vem de encontro às incertezas pelas quais passa o profissional deste fim de milênio. A velocidade das transformações está provocando uma verdadeira convulsão de dúvidas e atitudes nem sempre bem sucedidas. Nesta entrevista, Goleman explica o que, afinal, é inteligência emocional, sua importância na vida das pessoas e das empresas e como desenvolvê-la de forma a maximizar todo o potencial latente ao ser humano.

Ser Humano - O lançamento do livro "Inteligência Emocional" provoca polêmica e grandes discussões em todo o mundo. No caso específico de Recursos Humanos, a sua tese tem inspirado a tantos consultores a elaborar programas de qualidade emocional dentro das empresas. Como o senhor vê esse tipo de abordagem e que benefícios ela pode trazer ao ambiente de trabalho?
Goleman - Fiquei orgulhoso em ver a repercussão do meu livro no Brasil no qual procurei enfocar a comunidade por meio dos níveis de inteligência emocional em uma empresa. Há meios para se desenvolver o QE dos funcionários: fotos e publicações motivam a performance gradativa nos termos de promover qualificações, treinar pessoal, improvisar nas áreas em que atuam e possam fortalecer suas atitudes. Talvez o mais importante seja direcionar tais ações para os altos líderes das empresas desenvolverem seu QE. Dessa forma, as pessoas notarão que essas qualidades são valiosas para a cultura das organizações. Promover altos níveis de qualidade por meio da inteligência emocional é mais do que necessário em dias de instabilidade e para formação de hierarquias horizontais e equipes de trabalho.

Ser Humano – Existe uma maneira de explicar, em poucas linhas, o que é inteligência emocional e qual a sua diferença com a inteligência dita racional?
Goleman – A inteligência emocional caracteriza a maneira como as pessoas lidam com suas emoções e com as das pessoas ao seu redor. Isto implica autoconsciência, motivação, persistência, empatia e entendimento e características sociais como persuasão, cooperação, negociações e liderança. Esta é uma maneira alternativa de ser esperto, não em termos de QI, mas em termos de qualidades humanas do coração.

Ser Humano – Os altos investimentos dirigidos às pesquisas genéticas para a formação de um super-homem, baseada nos melhores genes paternos, estão sendo desperdiçados, já que o senhor afirma que a inteligência não é hereditária?
Goleman – Inteligência emocional não é genética: estas habilidades são aprendidas mais do que inseridas. De certa forma, podemos dizer que possuímos duas mentes, consequentemente, dois tipos diferentes de inteligência: racional e emocional. Nossa performance na vida é determinada não apenas pelo QI, mas principalmente pela inteligência emocional. Na verdade, o intelecto não pode dar o melhor de si sem a inteligência emocional – ambos são parceiros integrais na vida mental. Quando esses parceiros interagem bem, a inteligência emocional aumenta – e também a capacidade intelectual. Isso derruba o mito de que devemos sobrepor a razão à emoção, mas ao contrário, devemos buscar um equilíbrio entre ambas.

Ser Humano – Que aspectos envolvem a busca desse equilíbrio?
Goleman – Conseguir esse objetivo implica, primeiro, entender com exatidão o que significa usar inteligentemente a emoção. A formação acadêmica não oferece praticamente nenhum preparo para as tempestades ou oportunidades que a vida impõe. Apesar de um alto QI não ser garantia de prosperidade, prestígio ou felicidade, nossas escolas e cultura concentram-se na capacidade acadêmica, ignorando o desenvolvimento da inteligência emocional. As emoções são um campo com o qual podemos lidar, da mesma forma como matemática ou física, com maior ou menor talento, e exige seu conjunto exclusivo de aptidões. Essas aptidões são decisivas para a compreensão do porquê um indivíduo prospera na vida, enquanto outro, de igual capacidade intelectual, não passa da estaca zero.

Ser Humano – De que maneira uma pessoa pode desenvolver a sua inteligência emocional para melhorar o seu desempenho em todas as áreas de sua vida?
Goleman – A inteligência emocional pode ser alcançada por meio de treino e esforço, mas isso requer persistência. As pessoas têm de identificar exatamente o que querem alcançar – sendo um melhor ouvinte ou controlando seu temperamento nervoso. Então deve se tornar diligente a ponto de identificar mais situações nas quais costuma cair em velhos hábitos e associá-las a uma reação produtiva. Ao realizar esse tipo de exercício analítico firmamente por algumas semanas ou meses, a pessoa poderá substituir os hábitos que deseja eliminar por outros que acabam se tornando automáticos.

Ser Humano – E, especificamente, de que forma a inteligência emocional atua no desempenho profissional?
Goleman – Para performances profissionais, a competência da inteligência emocional deve ser utilizada desde o início da carreira. Muitos indícios atestam que as pessoas emocionalmente competentes – que conhecem e lidam bem com os próprios sentimentos e com o de outras pessoas – levam vantagem em qualquer campo da vida, assimilando as regras tácitas que governam o sucesso na política organizacional. As pessoas com prática emocional bem desenvolvida têm mais probabilidade de sentirem-se satisfeitas e serem eficientes, dominando os hábitos mentais que formentam sua produtividade. As que não conseguem exercer controle sobre a vida emocional travam batalhas internas que sabotam sua capacidade de se concentrar no trabalho e pensar com clareza.

Ser Humano – Um gestor de Recursos Humanos, que lida diretamente com pessoas, pode utilizar-se da sua própria inteligência emocional para desenvolver outros indivíduos?
Goleman – Ao contrário dos testes conhecidos de QI, não há ainda nenhum questionário eficiente que produza uma contagem de inteligência emocional e talvez jamais venha a haver. Por isso, os profissionais de Recursos Humanos devem usar sua própria inteligência emocional para realizar bem seus trabalhos.

Ser Humano – A valorização da inteligência emocional, enquanto diferencial competitivo, pode ser um contraponto à febre da Reengenharia que assolou a maioria das empresas no mundo?
Goleman – Em termos de Reengenharia, que devastou moralmente algumas empresas como a AT&T americana, desenvolver a inteligência emocional a partir dos destroços é mais importante do que reconstruir a confiança, lealdade e harmonia dentro do ambiente de trabalho.

Ser Humano – De que maneira a inteligência emocional pode auxiliar na formação de equipes sinérgicas?
Goleman – O que faz uma equipe ser sincronizada é a harmonia entre os próprios membros. Tarefas como escutar, cooperar, negociar e trabalhar positivamente são cruciais para alcançar sinergia. A inteligência emocional enfatiza a contribuição dos melhores talentos de cada membro da equipe para alcançar os resultados esperados.

Ser Humano – Quais as diferenças comportamentais básicas entre um indivíduo que tem alto QI e outro de elevado QE?
Goleman – Pessoas com QI alto, mas modesto ou baixo QE, tendem a ser altamente efetivas em domínios racionais, mas em suas próprias vidas e na vida social são insensíveis, arrogantes e inaptos em seus relacionamentos. Pessoas com alto QE, mas QI regular, tendem a ser leais e confiáveis, com integridade e empatia, persistentes, conscientes e queridas pelas pessoas. O melhor seria ter QE e QI altos. Jack Block, psicólogo na Universidade da Califórnia, fez uma comparação de dois tipos teóricos puros: pessoas de alto QI e pessoas de altas aptidões emocionais. As diferenças são bastante reveladoras e os perfis diferem ligeiramente para homens e mulheres.

Ser Humano – Qual o perfil de um homem com alto QI e um com alto QE?
Goleman – O homem de alto QI é ambicioso e produtivo, previsível, inibido e pouco à vontade com a sua sexualidade, ou seja, emocionalmente frio. Em contraste, os homens de alta inteligência emocional são socialmente equilibrados, comunicativos e animados, não alimentam receios ou preocupações. Têm uma notável capacidade de assumir responsabilidades e ter uma visão ética; são solidários e atenciosos em seus relacionamentos.

Ser Humano – Quais as características de mulheres com QI elevado e inteligência emocional altamente desenvolvida?
Goleman – As mulheres de alto QI são fluentes na expressão de suas idéias, valorizam o intelecto e o senso estético, mas tendem a ser introspectivas, inclinadas à ansiedade e à culpa, e raramente têm explosões de raiva. São comedidas nesse aspecto. As mulheres emocionalmente inteligentes, ao contrário, sentem-se positivas em relação a si mesmas. Como os homens, são comunicativas e gregárias; adaptam-se bem à tensão. Sentem-se suficientemente à vontade consigo mesmas para serem espontâneas e raramente sentem ansiedade ou culpa. É óbvio que esses perfis são extremos, pois todos os indivíduos possuem QI e inteligência emocional em graus variados.

Ser Humano – Como essas diferenças influem nas ações de um líder, por exemplo?
Goleman – A chave para a liderança está nos domínios da QE, não do QI. Liderança requer habilidades para persuadir e inspirar, enfatizar e articular sentimentos.

Ser Humano – Sem querer buscar fórmulas prontas, uma empresa que procura um profissional com perfil competitivo e voltado para o sucesso, como exige o mercado atual, deve observar quais características ao fazer a seleção?
Goleman – Em seleções de profissionais que serão altamente exigidos em seus cargos e funções, as pessoas responsáveis devem, antes de tudo, ter a certeza de que os selecionadores possuem esperado nível de QE para lidar com a complexidade da função. A partir daí, é possível reconhecer aspectos bem desenvolvidos da inteligência emocional.

Ser Humano – Quais são esses aspectos?
Goleman – Esses aspectos integram a definição básica de inteligência emocional, expandindo aptidões em cinco domínios principais. O primeiro é conhecer as próprias aptidões, isto é, ter autoconsciência para reconhecer um sentimento quando ele ocorre. A capacidade de controlar os sentimentos a cada momento é crucial para o discernimento emocional e a autocompreensão. Consequentemente, o segundo aspecto é saber lidar com esses sentimentos e desenvolver a capacidade de confortar-se, livrar-se da ansiedade, da tristeza ou da irritabilidade. A partir de então, é necessário saber motivar-se, colocar as emoções a serviço de uma meta. Outro ponto imprescindível é reconhecer as emoções dos outros. As pessoas empáticas estão mais sintonizadas com os sutís sinais sociais, com os indicativos de que os outros precisam ou o que querem. A arte de relacionar-se passa, em grande parte, pela aptidão em lidar com as emoções dos outros. É essa aptidão que reforça a popularidade, a liderança e a eficiência interpessoal.

Ser Humano – Inteligência emocional e intelectual podem ser desenvolvidas simultaneamente?
Goleman – O QI e a inteligência emocional não são capacidades opostas, mas distintas. Todos os seres humanos compatibilizam perspicácia intelectual e emocional. Pessoas de alto QI e baixa inteligência emocional, e vice-versa, são relativamente raras. Na verdade, há uma ligeira correlação entre intelecto e aspectos da inteligência emocional. Embora essa correlação seja bastante pequena para deixar claro que se tratam de duas capacidades bastante independentes.

Ser Humano – Os próximos dez anos parecem reservar transformações mais velozes e profundas do que as ocorridas nos últimos trinta anos, tanto nas áreas sociais, econômicas e administrativas, quanto nas culturais, comportamentais e científicas. O senhor acredita que o reconhecimento da inteligência emocional faz parte dessas revoluções ou ele será responsável por tais mudanças?
Goleman – O conceito de inteligência emocional descreve as competências das pessoas que precisam lidar e se adaptar às extraordinárias mudanças que ocorrerão nas próximas décadas.

Liderança Servidora

COMO SE TORNAR UM LÍDER SERVIDOR?

Liderar não é ser o chefe, o cabeça ou o superior.
Liderar é servir.


(James C. Hunter)

Embora a ação de servir possa significar fraqueza para alguns, imaginar a figura de um diretor esperando pelo auxílio da força de trabalho, a liderança servidora é atualmente uma idéia robusta e revolucionária que pode ter um impacto significativo no desempenho de uma organização.

Jim Hunter defende esse novo padrão de liderança firme/flexível, que transforma chefes e gerentes em treinadores e mentores. Por firme, Hunter quer dizer que o líder servidor pode ser durão, até mesmo autocrático, em se tratando das bases da direção de um negócio: determinando a missão (onde a empresa está focada) e os valores (quais são as regras que governam a jornada) e estabelecendo padrões e responsabilidades finais.

Líderes servidores não solicitam votação ou aceitam um voto quando se trata desses fundamentos críticos. Afinal de contas, esse é o trabalho do líder, e as pessoas esperam que o líder defina a direção e estabeleça os padrões. No entanto, uma vez que essa direção é definida, os líderes servidores viram a estrutura organizacional de cabeça para baixo.

Eles focalizam em dar aos empregados tudo o que eles precisam para vencer, seja recurso, tempo, orientação ou inspiração. Os líderes servidores sabem que fazer com que equipar pessoas engajar corações e mentes, alimenta uma força de trabalho que entende os benefícios de esforçar-se para obter sempre o melhor. A ênfase é na construção da autoridade, não do poder, no exercício da influência, não da intimidação.

Ao mesmo tempo em que muitos acreditam que a liderança servidora é maravilhosa, inspira idéias, o que está faltando é como fazer, a implementação específica.

Jim Hunter mostra como fazer a coisa certa para as pessoas que você lidera. Um líder servidor ou um líder que serve a si próprio? Qual deles você é? Com a orientação de Jim Hunter, qualquer pessoa tem o potencial para tornar-se um líder com caráter que lidera com autoridade.

Controlar

CONTROLE

Como as organizações não operam na base da improvisação e nem ao acaso, elas precisam ser devidamente controladas. Elas requerem considerável esforço de controle em suas várias operações e atividades. O controle constitui a última das funções administrativas, vindo depois do planejamento, da organização e da direção. Controlar significa garantir que o planejamento seja bem executado e que os objetivos estabelecidos sejam alcançados adequadamente.

A função administrativa de controle está relacionada com a maneira pela qual os objetivos devem ser alcançados através da atividade das pessoas que compõem a organização. O planejamento serve para definir os objetivos, traçar as estratégias para alcançá-los e estabelecer os plano de ação. A organização serve para estruturar as pessoas e recursos de maneira a se trabalhar de forma organizada e racional. A direção mostra os rumos e dinamiza as pessoas para que utilizem os recursos da melhor maneira possível. Por fim, o controle serve para que tudo funcione da maneira certa e no tempo certo.

A pergunta que geralmente se faz dentro de uma organização é: - Como estamos indo? - Em que ponto estamos agora? A pergunta é válida, pois os resultados nem sempre ocorrem de acordo com o que foi planejado, organizado e dirigido. Torna-se necessária uma função administrativa que possa monitorar, acompanhar, avaliar, medir e assegurar que a organização esteja no rumo certo, produzindo os resultados esperados e alcançando os objetivos propostos. O controle é algo universal: todas as atividades humanas - quaisquer que sejam - sempre fazem uso do controle, consciente ou inconscientemente.

Quando uma pessoa dirige o automóvel, dança ou escreve uma carta, ela compara continuamente a direção, o ritmo ou o significado; e se a atividade de dirigir o carro, dançar ou escrever a carta não estiver de acordo com seus planos, ela efetua as devidas correções. O controle consiste basicamente em um processo que guia a atividade exercida para um fim previamente determinado. A essência do controle reside em verificar se a atividade controlada está ou não alcançando os resultados desejados. Quando se fala em resultado, pressupõe-se que eles sejam conhecidos e previstos. Isso significa que o conceito de controle não pode existir sem o conceito de planejamento. Aliás, os controles requerem planos. Na verdade, o controle é o outro lado da moeda do planejamento.

O controle verifica se a execução está de acordo com o que foi planejado: quanto mais completos, definidos e coordenados forem os planos, tanto mais fácil será o controle. Quanto mais complexo o planejamento e quanto maior for o seu horizonte de tempo, tanto mais complexo será o controle. Quase todos os sistemas de planejamento trazem em seu bojo o seu próprio sistema de controle. Através da função de controle, o administrador assegura que a organização e seus planos estejam na sua trilha certa.

O desempenho de uma organização e das pessoas que a compõem depende da maneira como cada indivíduo e cada unidade organizacional desempenham seu papel e se movem para alcançar os objetivos e metas comuns. O controle é o processo pelo qual são fornecidas as informações e retroação para manter as funções dentro de suas respectivas trilhas. É a atividade integrada e monitorada que aumenta a probabilidade de que os resultados planejados sejam atingidos da melhor maneira.

Dirigir

DIREÇÃO


É responsável por fazer as coisas acontecerem após o planejamento e a organização. Sua missão é fazer funcionar a empresa com as pessoas e recursos disponíveis. A motivação das pessoas é essencial na direção, assim como a definição das metas e resultados esperados.

META

Marca a pessoa se posicionando no futuro, desejável e se esforçado para implementar as condições (objetivo). Uma meta não é a mesma coisa que um objetivo e vice-versa. Uma meta é um objetivo relacionada a tempo e valor, ou seja: "Vou comprar um carro (objetivo) de R$ 20.000,00 (valor) até dezembro de 2008 (tempo/prazo)". Uma meta é um objetivo traduzido em termos quantitativos, por exemplo, o objetivo é aumentar a temperatura de fusão e a meta é chegar a 1000 graus centígrados.Quando uma pessoa tem um objetivo com metas estabelecidas, ela não se ocupará de outras coisas que são secundárias. Pois a meta exige tempo e dedicação para ser atingida. Objetivos e metas são alvos ou fins que o administrador deseja atingir. As metas devem ser específicas, desafiantes, realistas, qualificadas e associadas a um horizonte de tempo, aceitáveis para os que devem atingi-los e consistentes.

MOTIVAÇÃO

É uma força interior que se modifica a cada momento durante toda a vida, onde direciona e intensifica os objetivos de um indivíduo. Dessa forma, quando dizemos que a motivação é algo interior, ou seja, que está dentro de cada particular erramos em dizer que alguém nos motiva ou desmotiva, pois ninguém é capaz de fazê-lo. Porém podemos concordar que o interior é diariamente influenciado pelo meio externo, isso inclui pessoas e coisas. Podemos nos sentir influenciados pelo entusiasmo de alguém que nos motiva a fazer algo. Já em determinadas situações e dependendo do temperamento da pessoa, ou mesmo da sua personalidade geral, pode-se oferecer certa independência ao meio externo. Ou seja, sua força interior de motivação é alta e "não precisa" de ajuda ou baixa e "precisa de apoio".

Organizar

ORGANIZAÇÃO


É um conjunto de recursos (humanos, financeiros e materiais), que busca realizar um mesmo objetivo. Durante todo o curso, quando for utilizada a palavra organização, pode ser uma empresa privada com fins lucrativos, uma organização não-governamental, um órgão do governo, ou qualquer outro conjunto de recursos, desde que todos tenham um objetivo em comum. As organizações podem ser divididas em três níveis:

Estratégico - Compreende os altos executivos da organização, responsáveis pela definição dos objetivos e planos da empresa, e tomada de decisões quanto às questões de longo prazo da empresa, como: sua sobrevivência, crescimento e eficácia geral;
Tático - É utilizado para traduzir os objetivos gerais e as estratégias da alta diretoria em objetivos e atividades mais específicos. O principal desafio neste nível é promover um contato eficiente e eficaz entre o nível estratégico e o nível operacional;
Operacional - É de uma menor amplitude, onde o foco é trabalhar junto aos funcionários não administrativos, implementando os planos específicos definidos no planejamento tático.

Planejar

PLANEJAMENTO


É o processo derivado da função da administração de planejar, que significa especificar os objetivos a serem atingidos e decidir antecipadamente as ações apropriadas que devem ser executadas para atingir esses objetivos.

ESTRATÉGIA

É a seleção dos meios para realizarem objetivos. A palavra foi herdada dos gregos, e diz respeito ao cargo e/ou a dignidade de ministro da guerra, ou seja, comandante de uma batalha, em Atenas.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

É o processo de elaborar a estratégia definindo a relação entre a organização e o ambiente. O processo de planejamento estratégico compreende a tomada de decisões sobre qual o padrão de comportamento que a organização pretende seguir, produtos e serviços que pretende oferecer, e mercados e clientes que pretende atingir. O planejamento estratégico é uma técnica administrativa que, através da análise do ambiente de uma organização, cria a consciência das suas oportunidades e ameaças dos seus pontos fortes e fracos para o cumprimento da sua missão e, através desta consciência, estabelece o propósito de direção que a organização deverá seguir para aproveitar as oportunidades e evitar riscos.

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA

É um processo que envolve administradores de todos os níveis da organização na formulação e implementação de objetivos estratégicos e das estratégias (note a diferença entre o planejado e o realizado). Integra o planejamento estratégico e a administração em um único processo, sendo que o primeiro torna-se uma atividade contínua em que os administradores são encorajados a pensar estrategicamente, focando na visão estratégica de longo prazo, assim como questões táticas e operacionais em curto prazo. A administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos organizacionais. De um modo geral, aceita-se hoje o planejamento, a organização, a direção e o controle como as funções básicas do administrador.

OBJETIVOS

São os resultados que a organização pretende realizar. Nesta etapa, deve-se identificar aonde a empresa quer chegar. A definição dos objetivos é conseqüência da etapa anterior. A estratégia será delineada a partir da definição destes objetivos.

ANÁLISE INTERNA

→ Função Marketing;
→ Função Finanças;
→ Função Produção;
→ Função Recursos Humanos.

ANÁLISE EXTERNA

Oportunidades - São as variáveis externas e não controláveis pela empresa, que podem criar condições favoráveis para a mesma.
Ameaças - São as variáveis externas e não controláveis pela empresa que podem criar condições desfavoráveis para a mesma.

NEGÓCIO

É o espaço que a organização pretende ocupar em relação às demandas ambientais. É a linha mestra que a alta direção adota para orientar a ação e tornar possível a contínua interação da organização com o ambiente.

VISÃO

Corresponde a declarações de ambição organizacional. Demonstra as expectativas e desejos dos acionistas, conselheiros e membros da alta administração da empresa. A visão pode ser considerada como os limites que os responsáveis pela empresa conseguem enxergar dentro de um período.

MISSÃO

É uma declaração única que representa sua identidade, estabelecendo seu propósito mais amplo. É a razão de ser de uma organização e procura determinar o seu negócio, por que ela existe, ou ainda em que tipo de atividade deverá concentrar-se no futuro. Consiste na razão de ser da existência da organização e na delimitação de suas atividades dentro do espaço que deseja ocupar em relação às oportunidades de negócio. A definição da missão serve de critério geral para orientar a tomada de decisão, definir objetivos e ajudar nas escolhas das decisões estratégicas.

VALORES/PRINCÍPIOS

É o conjunto de crenças, sentimentos e motivações básicas que o indivíduo agrega ao longo da vida e que determinam sua forma de agir e pensar. Esse conjunto é chamado também de filosofia de vida e uma vez transposto pelos próprios indivíduos para o contexto organizacional, passa a orientar o comportamento coletivo de seus membros. Valor é o balizamento para o processo decisório e o comportamento da empresa no cumprimento de sua missão.